sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Mr. Goodman speaking


Às vezes, determinadas leituras parecem muito confusas.... Você lê, lê de novo, fica cansada, não entendeu muito bem até que se depara com algo....e uau... você continua sem entender o argumento principal, mas se deixa levar por aquela frase de efeito e começa a delirar....


" 'A verdade, a verdade completa, e nada além da verdade' seria assim uma perversa e paralizante política para qualquer world-maker."


&


"A broad mind is no substitute for hard work".


Que que dá pra entender? Gente ortodoxa vai mais longe na vida. Dá onde eu tirei isso? Nem eu mais sei ao certo.... Por que? Porque eu sou uma broad mind...e isso não te deixa ter muito foco... Acaba que não faz nada... Muda de namorado, de estilo, emprego, religião e o seu world-made não dura, não acontece.... A crença é o que sustenta a verdade daquilo que vc faz, se vc deixa de crer que o que faz é verdadeiro, vc não faz mais, faz mal-feito....Affff... fica super tolerante.... porém cheio de buracos....enquanto os ortodoxos fazem as coisas aconter (O mundo é de quem faz, tá? IG)... Os ortodoxos não estão em busca da verdade completa, basta a deles e pronto, trabalham em cima disso, porque, no final, é só o que há mesmo, não existe um mundo abaixo das camadas com que as pessoas vêem as coisas... é só as camadas mesmo....PS: Eu nem sei se poderia falar em ortodoxia e heterodoxia assim displecente ...mas deixa estar

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

'Cause I make the world I want!




Pois bem, eu tenho que decifrar o que Goodman quis dizer com worldmaking e Wittgenstein com "O limite do mundo é o limite da linguagem" senão não termino meu trabalho para a matéria de Filosofia de Linguagem..... Eu tenho até medo de falar o que acho e o professor perguntar se eu bebi.....rs ok, vamos por partes, modos de fabricar mundos do Goodman é, em resumo, uma obra que explica que só há representações de mundo... e não "O Mundo", nada fora do normal para quem entrou já na graduação com uma década de crise na ciência histórica, li Todorov, tudo que existe é alteridade, relativismo... Outra coisa é que são as palavras que constroem o mundo... "não existe mundo sem palavras", obvious (?) Tá certo eu ainda não li o Goodman diretamente, mas estou caminhando para isso, mas eu gosto de passar pelas obras mais facinhas primeiro... Isso não é burrice, nem preguiça, é uma mistura de organização com pavor de ficar repetindo tudo sem ser capaz de ensinar de um jeitinho mais fácil a quem não tá pegando. Ou ainda, relacionar isso com outras coisas..... p.ex. Voltando ao Wittgenstein.... "O limite do mundo é o limite da linguagem", tem um elo aí com o Goodman, perceberam ?, mais ou menos assim: viu, viu com palavras, e o que vc viu é o seu mundo. Eu fiquei pensando nessas teorias de riqueza que tem nos livros do Içami Tiba, Lair Ribeiro, "O Segredo"... ...Bom, lá, a teoria é sempre a seguinte.... você escolhe o que você quer, mas antes, você tem que ver, tem que fazer as coisas serem do seu mundo. P. ex.. se vc quer um carro, vai na concess(?)ionária (eh, loja), vê quanto custa, tira sua carteira, começa a achar que aquilo é pra vc, que vc é merecedor.....Nesses livros, eles concordam que o meio tem um peso mas vc é livre e pode escolher outras coisas pra sua vida daqui em diante. Nesses livros, tem sempre uma dica que é: amplie o seu mundo, não coloque barreiras, passe a acreditar que a vida trará pra você, tem até uma frase que adoro: "O mapa não é o território" (diz aí, puro Wittgenstein ou puro delírio?) Captaram? O que vc enxerga do mundo não é o mundo todo. Os autores usam da comparação para explicar: existem pessoas que são bem sucedidas, tem uma família bem estruturada, se sentem realizadas..... e vc quer ser igual a elas? Pense igual a elas, veja o que elas vêem, agradeça toda a sorte que te cerca, abra os olhos para as oportunidades... Mas, creio, ainda tenho que terminar o Wittgenstein, ou o professor, juro vai achar que bebi....E falando no prof, ele publicou um artigo sobre a Constituição de 1988 que mostra o quanto ela está imbuída de valores morais e o preâmbulo e os dois primeiros títulos é que teriam garantido isso ao longo de toda a Carta Magna. O Goodman fala em operadores que constroem os mundos, ordenamento, composição, eliminação e outros e o prof. disse que o ordenamento é que prevaleceu na CF/88. É só procurar por Renato Lessa, A Constituição de 1988 como filosofia pública.

Saí da licença




Back!
Lendo sobre pedagogia, antes que eu me esqueça, antes que eu desista de compartilhar:

Atenção ou corremos o risco de ficar repetindo vulgaridades sobre a juventude por aí, lá vai:


"Diz-se muito mal e muito bem da nossa juventude. Todavia, estas definições não são corretas porque exprimem acerca da juventude uma apreciação estática; a juventude tornar-se-á melhor ou pior consoante o modo como seremos capazes de organizar as suas atividades concretas no meio em que vive, conforme a ajuda que lhe facultamos para que se torne apta a realizar as tarefas futuras e conforme o que soubermos fazer para facilitar o desenvolvimento interior dos jovens."


Todo o texto é muito bom e explica como as viradas no pensamento ocidental influenciaram o ensino. Chama-se A pedagogia e as grandes correntes filosóficas, de Bogdan Suchodolski. Disponível pra download no 4shared.com