terça-feira, 27 de abril de 2010

Social theory of international politics


Que tipo de pessoa você é? É do tipo que crê que é o interesse que move o mundo? Que em todas as relações, seja entre países ou homem e mulher, existe poder? E se alguém não consegue enxergar isso é, desde logo, um dominado. Por que os Estados Unidos fazem o que fazem? Porque eles podem. Por que um homem bate numa mulher? Só quando pode. Se ela fosse mais forte, mais rica, mais inteligente, acho que isso não aconteceria. Você pode, ao contrário, pensar diferente e sim, há aqueles seres desprezíveis que se comportam dessa maneira, mas não crê que esse seja o comportamento de toda a gente porque esse não é o seu comportamento. Você olha em volta e vê as pessoas cooperando, como para salvar o planeta, proteger as crianças essas pessoas têm idéias que as fazem agir nesse sentido, são boas pessoas. Preste atenção! Não se trata de falar em pessimista ou otimista, mas sim de realismo ou liberalismo, porque o realista clássico vai te dizer assim: se ajuda alguém é porque isso te convém e.... não é? Se não o ajudasse, ele faria uma revolução, ou ficaria extinto o que seria pior pra você... E o liberal, o que diz? - Ai, absolutamente não crê que possa existir moral? Mas nem só de preto e branco, vive o mundo das relações internacionais... Você pode continuar crendo que no fim quem manda é o dinheiro, as forças materiais, mas isso não está mais nas mãos das pessoas, está aí tão difundido pelo mundo, está imbricado nas estruturas, tipo FMI, OIT, aquelas coisas que você não vê, mas que mandam no mundo ...Ou você pode achar que, no limite, quem manda, quem de fato organiza o que se vai fazer com as forças materiais são as idéias, primeiro você pensa.. não.. nesse outro tipo para entender as relações, você não mais pensa, as crenças já estão tão compartilhadas por toda a gente que é difícil até de contestar (ou não). Por exemplo, Brasil é Brasil porque a comunidade internacional aceita o Brasil como Brasil, right? Mas não fazem o mesmo com a Palestina. Por quê? Não interessa o que pense sobre isso, é tudo construído mesmo. Social Theory of international politics, de Alexander Wendt, ensina que você pode separar qualquer teoria social não só as relações internacionais, no esquema acima: ou ela é individualista e materialista (foco no indivíduo e nas forças materiais), primeiro exemplo; ou individualista e idealista (foco ainda nas pessoas só que nas idéias agora), segundo exemplo; ou holista e materialista (foco no todo e nas forças materiais), terceiro exemplo; ou holista e idealista (foco no todo e nas idéias). Dá para pensar várias coisas que as teorias sociais querem explicar e depois ir encaixando tipo.. pobreza é culpa do individuo ou da sociedade de acordo com tal teoria, e aí o que a gente faz tipo dá um emprego ou ensina a pensar diferente... tipo O Segredo,,,, visualize o emprego, crê-se capaz....

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Operadores goodmanianos in my life

Já que eu não sou filósofa mesmo, eu posso falar do Goodman como bem entender (acho). Pois bem, o Goodman meio que foi um dos filósofos mais importantes do século passado (só me disseram, não sei exatamente porquê) e isso está ligado basicamente a filosofia da linguagem. A idéia principal é não existem um mundo, mas só representações de mundo. E do que são feitos os mundos? De outros mundos. Mas como é que vai se diferenciando um mundo do outro? Atráves dos operadores identificados por ele que são cinco: composição ou decomposição, relevância, ordenamento, supressão e deformação. O que achei mais fácil pra entender como isso funciona na prática foi com o artigo do professor Renato Lessa sobre a Constituição de 88. Já notaram como na CF os direitos fundamentais aparecem primeiro do que todas as outras coisas? Não aparece no meio, nem no fim. É em primeiro e há uma razão para isso. A partir daí, todo o resto da CF esteve subordinado ou se ligando aos direitos fundamentais. No caso da CF, o operador goodmaniano do ordenamento foi o mais utilizado, deu o tom da CF, e o tom do mundo, o modo como o mundo (ou o Brasil) deve ser. Beautiful, isnt it? - Beijo me lyga Lessa, adorei as aulas -. Agora, voltando a minha vida, ou a vida de cada um, todo mundo organiza sua vida assim, com os operadores goodmanianos, passar a crer e a viver no mundo que cria com os tais operadores. Por exemplo, eu tinha uma frase que era: primeiro, eu como, durmo, faço pilates, posto no blog e aí vou aos compromissos (ordenamento). A supressão é fácil é como quando você deleta uma paixão antiga para dar lugar a uma nova, joga roupa fora para abrir espaço no guarda-roupa. A composição acho que é quando você adiciona uma coisa nova a sua vida, por exemplo, nos últimos tempos, foi o meu interesse por make up. Deformação talvez seja o sincretismo religioso que vivemos, coisa e tal. Mas, o que interessa afinal pra mim é alguns mundos são melhores que outros? Na minha opinião são sim, porque por mais que se sofra sempre de algum modo, é melhor viver numa família estável, com apoio e carinho do que não, né? Como a história da democracia: tem falhas? Tem, mas vai ser mulher então no Irã! Então, voltando, alguns mundos são melhores. Ponto. Como sair dos piores para os melhores? Por exemplo, se eu durmisse menos, se comesse menos, se todo mundo não assistisse ao BBB, a vida estaria melhor? Sim. Acho isso tudo tão holístico. Enfim, passando a luta-de-classes agora, pode-se melhorar a vida das pessoas sem precisar passar por uma transformação econômica na vida das pessoas? Sim, mas no limite, não porque todo mundo ainda precisa comer e comer bem, e tudo o mais também custa dinheiro. Mas, também desconfio que não é só isso, porque em certas ocasiões, é mais importante suprimir um comportamento como o desperdício, acrescentar um outro como higiene, colocar na ordem: dinheiro para educação dos filhos, casa, alimentação, só em último gastar com cerveja... Anyway, essa era a minha visão do Goodman.....Eu não sei porquê mas quando digo essas coisas, por mais que acredite nelas, me sinto compactuando com a explicação capitalista do mundo, tipo: seja otimista e o seu sistema imunológico vai aumentar (vai por mim, só com Centrum), ai, parece tão babaquice, cadê um estuturalista, agora, quando se precisa de um?

domingo, 4 de abril de 2010

Empoderamento feminino


Ó que frase bonita: "Graças ao grupo feminino, ela consegue não se preocupar com os rapazes, ter um comportamento não-conformista e provocativo, e lutar por uma carreira artística". (Bettina Fritzsche) Desculpa se não faço a citação como se deve, mas aqui está o link para ler o artigo da onde tirei a frase. Enfim, o artigo é para saber se o grupo Spice Girls pode ser encarado mesmo como algo que empodera as mulheres. As mulheres ficam mais auto-confiantes mesmo? Vão mais longe? Agora, só consigo lembrar da Victoria Beckham no pôster que tinha em casa quando ela nem era Beckham e ela era tipo uns 10 quilos a mais, só que isso não significava que era gorda. Lembro também da música: if you wanna be my lover, you gotta get my friends, ai, como a gente não vê a hora de mostrar o bofe para as amigas, né? Mas, isso é de verdade o melhor a fazer ou pura vaidade? Achei o artigo depois de ler um outro sobre a Heloneida Studart também na Revista Estudos Feministas. Alguém imagina algum grupo pop com garotas com esse corpo atualmente? A diferença é sutil, mas notem que não há os músculos definidos do pilates, da drenagem linfática e da medicina ortomolecular.....