segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Tirando o Heidegger de dentro de mim


Preciso me livrar do Heidegger e para isso, preciso contar o que sei sobre ele ou ele vai continuar me atormentando. Sabe aquele momento na história em que os pais decidiram que não deveriam ensinar uma moralidade aos seus filhos? Assim como os pais deles ensinaram a eles? Isso foi há uns 20 ou trinta anos. Os pais começaram a pensar: ah, não existe uma moralidade correta, porque de repente eu ensino meu filho que ele tem que lutar contra as desigualdades sociais e o que ele faz? vira um guerrilheiro ou eu ensino a moralidade cristã e ele começa a perseguir macumbeiro ou gay... Não, não, esses novos pais pensaram, eu não vou ensinar nada, deixa, que ele vai saber sozinho a hora de ser bom, porque a bondade, ou o humanismo, nasce com a gente e ele vai saber, porque se eu ensino, eu só posso ensinar coisas erradas, ou melhor, quando eu ensino, eu só consigo ensinar no geral, eu não vejo o cotidiano, o dia-a-dia e para não correr risco de fazer maiores brutalidades que a história está cheia, eu deixo o meu filho sozinho e, por ele mesmo, ele vai saber a hora de pôr em prática a sua humanidade. E aí? simples de entender, né? É bem possível que não seja só isso mas, em resumo, o pai que pensa assim é a idéia do Heidegger em Carta sobre o humanismo... Na minha opinião, o Heidegger estava errado. Olha a M... que deu. Mais sobre a Carta sobre o humanismo, confira minha resenha aqui.

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