segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Eram os deuses astronautas?


Estava caminhando acompanhada (ui) e eu vi um obelisco enorme na Lauro Muller, em Botafogo, procurei por uma placa, mas não vi, era noite e deixei para lá. Depois de alguns dias, só conseguia pensar em obeliscos, eu queria saber da origem deles, qual o significado deles, coisa e tal. Uma coisa eu sabia, nas sociedades antigas, o objeto fálico é associado ao poder, assim era comum ter objetos fálicos espalhados para trazer algum tipo de sorte ou proteção. Na Roma antiga, usava-se mini pênis como pingentes de colares, pênis médios como sinos das casas. Ok então, que isso fosse praticado numa sociedade antiga, mas não caberia num estado laico e moderno, ou caberia? Existe um grupo relioso e político que possui um conhecimento além do que nós imaginamos e objetos fálicos realmente garantem algum tipo de sorte? Então, vi um obelisco no meu bairro, outro, descobri que há muito mais, e sem placa comemorativa também. Isso é importante porque a função do obelisco desde o século XIX no Brasil era lembrar de pessoas e seus feitos. Aliás, essa é a função deles no mundo. O obelisco surgiu no Egito antigo para manter a memória de uma pessoa, César descobriu isso e fez a mesma coisa em Roma. Atualmente, na Europa, há vários obeliscos que foram transplantados do Egito. O obelisco criado pelas mãos do Estado só aparece no Brasil no século XIX, de acordo com um artigo que li sobre os obeliscos no Rio Grande do Sul (http://www.pucrs.br/ffch/historia/egiptomania/publicacoes/obeliscos2.pdf). Nesse artigo, a autora se pergunta se o obelisco pode ter uma função além do qual foi planejada já que lá as placas foram retiradas por conta do valor do material. O obelisco passou, então, a existir sem dizer quem era o personagem que faziam referência. Mas, os gaúchos passaram a enxergar nos obeliscos a memória dos acontecimentos exclusivos do Rio Grande do Sul. Voltando ao meu bairro que tem obeliscos, sem placas (não porque foram retiradas, mas porque nunca estiveram mesmo), e que a população local não se identifica, por que, afinal, eles foram colocados lá? Só me sobra como resposta, que os obeliscos interessam a um grupo específico e que o uso que eles fazem dos obeliscos não é revelado a todos. Mais outro indício, o meu bairro têm símbolos maçons em vários lugares públicos, como praças e largos, seriam os obeliscos mais um desses?

2 comentários:

  1. Parabéns por suas observações!
    Continue assim você está no caminho certo!
    Está esquentando!
    Quero sugerir que dê uma olhada em algumas coisas que coloquei em meu blog.
    Que tal um intercâmbio de informações?
    Abraço!

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  2. Oi, Vívian, tudo bem?

    Gostei muito do blog. Temas instigantes e bem escritos, parabéns.

    O obelisco do seu bairro já me falaram que marca o desenvolvimento dele, já que foi a partir da estação de trem que o comércio de Campo Grande se expandiu e acelerou o crescimento econômico do bairro. Mas nada de placas.

    Já que você falou em gaúchos, eles devem dar muito valor aos obeliscos, pois a primeira coisa que fizeram na revolução de 30 foi amarrar os cavalos no obelisco da Avenida Rio Branco, num claro sinal de afronta.

    Infelimente não é só o obelisco, quase nada no nosso bairro tem placas indicativas. E ninguém parece ligar para isso.

    Beijos.

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