segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O Cineclube do André


Não sei exatamente quando comecei a frequentar o cineclube, creio que lá se vão dois anos. Todas as sextas, às 19 h (saio de casa lá pela 18h40 e vou andando), o André que também é jornalista e escritor (http://emendasesonetos.blogspot.com/) passa um filme num telão na Universidade Moacyr Bastos. Eu já disse que saio de casa para ir até lá, mas o mais importante é como volto... com uma leveza, com um entendimento, com uma alma encaixada, com um sopro de vida a mais. Não é exagero não. Na verdade, não tenho mais saco para ir ao cinema normal porque também os últimos filmes que vi foram Wolverine e Up - altas aventuras... acho tudo muito comercial, planejado demais, bobo e também não gosto de shopping.... e fila e pipoca muito cara.... No cineclube do André, eu vi os filmes que vou me lembrar pra sempre, que gostei de verdade e tudo de graça. Alguns desses foram (não estão na ordem de preferência, mas na ordem que a memória trouxe à tona):

1. Nascidos nos bordéis
2. O circo do Charles Chaplin
3. O retorno
4. O anjo azul
5. Hora de voltar
6. O acossado do Godard
7. Pequena Miss Sunshine
8. O jardineiro fiel
9. F for Fake
10. Tempos Modernos

No MAN também acontece um cineclube, sempre na primeira e terceira quinta-feira de cada mês às 18h30. Free!

2 comentários:

  1. "... com um sopro de vida a mais." Isso me lembra Clarice.
    Acho que é isso que a arte nos causa, se a deixamos entrar, portas abertas, poros abertos... Uma sensação de que aquele filme "sabe alguma coisa da minha enigmática relação com o mundo que eu mesmo ignoro, e o guarda em si mesmo como um segredo a ser decifrado."(Serge Daney)Provoca um encontro com a alteridade. Penso até que é mais que "um sopro a mais", mas é o sopro necessário para que a minha vida seja a minha vida, para que eu me encontre nela.

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  2. É, às vezes fico me perguntando sobre a importância do meu trabalho na vida das pessoas que vão ao cineclube...agora tenho uma idéia mais clara. Sempre digo que se for somente uma pessoa (como aconteceu contigo no ´F...for fake´) pode valer muito mais a pena do que uma sala cheia de gente desinteressada. Muito bom o artigo. E obrigado pelo estímulo.

    Beijos
    André...o próprio.

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